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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Somos Românticos

Sempre me questiono, ainda somos românticos? Claro que somos. Todos nós, sem exceção. Até o mais bruto dos homens sucumbe ao sorriso da mulher amada. Nenhuma mulher resiste ao perfume marcante daquela pegada com jeito. Não importa a forma, o lugar, ou o gesto. O romantismo não é antiquado. É vanguardista e segue a magia do tempo. Convence o coração, seduz o ponto fraco e desmonta qualquer armadura emocional. Romantismo não é piegas. Clichê é não amar. Não falo de uma convenção social de mandar flores, abrir a porta do carro, ou pagar o jantar. Romantismo é mais do que isso. É surpreender a rotina, desafiar o óbvio, aventurar a relação. Ser romântico também é saber sossegar quando ela precisar de colo. Não há cortejo maior do que cuidar do outro. Romantismo é avisar que chove lá fora. É a intimidade de um banho a dois, de um sexo matinal. Romantismo é a conversa em silêncio. Ser romântico é quase um estado de espírito, mas o romantismo não sabe ser só, unilateral. Precisa de um retorno, por menor que seja. Quem nasceu romântico, nunca deixará de ser intenso nos gestos, mas pode desanimar suas atitudes com o passar do tempo. Quem não sabe o que é ou não gosta de romantismo, nunca amou de verdade. Vinhos, lareiras, flores, jantares ou beijos. Cheiros, carinhos, pele, toque e cafuné. Amar os segundos, falar ao telefone, sentir saudade, chorar de alegria. Abraço gostoso, pescoço, coxas e mãos. O corpo precisa do romantismo para respirar. Explicar o romantismo é mais difícil do que executá-lo. Ser romântico nada mais é do que agir por impulso, não descansar enquanto não agradar quem amamos. Não existe uma dose certa para revelar o sentimento. A medida está na relação, ela é quem dita o ritmo. Se há confiança no que sentimos mutuamente, a intensidade nunca será suficiente. Sendo assim, não haverá limites para demonstrar esse amor para o mundo. O romantismo é a naturalidade da paixão, é o fogo que acende o coração.

(Renata Bottura)

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